Possibilidade


Sabe, você até tenta se esconder, fingindo não saber daquelas mesmas idéias de antes. Mas eu consegui ler seu coração, e ainda tentas me dizer que a minha previsão estava errada. Não. Eu fui a única a lhe avisar. Eu fui aquela tempestade repentina que apareceu e te virou do avesso. Eu tive coragem de lhe despir. Fui a primeira a lhe por de ponta cabeça. Por minha causa você enxergou outro mundo: o real. E enfim, lhe dei a oportunidade de perceber que a realidade não estava de cabeça pra baixo; você é que pensava estar em pé.

Mas bateu a porta atrás de si mesmo. Fechou o coração, pois era muito mais cômodo ficar como antes. E assim, eu me fui, por que não podia mudar-te. Mas fiz o meu papel. E ainda hoje negas que fui eu a única a te revelar o oculto. O prazer e a dor. Como Sades, eu te libertei. Mas enfim, cada um tem o direito de seguir por onde deseja. Pode ir... não seria eu capaz de te impedir. Somente porque sei que onde fores, por mais que te escondas... eu estou, nem que como uma vaga lembrança, sendo aquela que um dia te trouxe uma possibilidade: Eu.

Amontada


Por alguma sorte que eu não sei qual - e se é que existe - encontrei você
Pra falar de um tempo em que as manhãs eram sempre azuis
Pra ouvir dizer que lá bem distante existe um rapaz,
Um rapaz saudoso que espera a moça que no passado ele tanto amou

Que espera a moça com quem ontem a noite ele sonhou

Veio me dizer que onde ele mora - no seu cantinho - há um lugar
Um lugar que o sol escolheu de casa para morar
E no casamento do sol com a praia nasceu a lua
Que aparece depois de um beijo de despedida pro sol deitar

Quando o sol descansa é que ela aparece pra se mostrar

Me fez um convite e eu disse que quando der vou lá
Na verdade eu sei que em terra estranha não vou pisar
Mas confesso que eu fiquei pensando na bela praia
E na mão que espera aquela moça e do seu abraço não vai provar

E fiquei torcendo pra que um dia o rapaz encontre um amor sincero e se apaixone
E ofereça a ela esse seu lugar...

Dê pra ela seu cantinho de praia, sol e luar...


Quando você me contou do seu paraíso pessoal, logo que nos reencontramos via web, me veio esta canção na cabeça... já tem melodia e animação, mas ainda não tenho coragem de publicar. O final hoje é diferente, já penso em te visitar... pq sei que há coisas que desde a criação já estão escritas para acontecer, mesmo que tentemos tudo para fazer exatamente o contrário. Te adoro!

Nem sei



Ei, garoto distante...

Ouvir sua voz pelo telefone me trouxe cheirinhos.
De fruta suave, de manhãs tranquilas e passeios em museus.
Cheirinhos de um tempo em que viver parecia simples
Mas no fundo eu sabia, que era só por um momento, só mais um.
Não foi.
Aquele momento virou eternidade, nossas lembranças.
Sua voz, lá de longe, mensagens subliminares.
Oi, como você está, me soou: estou morrendo de saudade, vem me ver...
Será que me enganei?

Reflita...


Aflita,
Eu sorria ao ver entrar a sombra no quarto.
Foi ontem.
Não, acho que foi ano passado.
Talvez nem tenha sido.
Só eu achei que foi.
Parei ao ver seu sorriso.
Chorei sem ninguém perceber.
Enquanto ele dormia,
Eu pensava em você.
Mas era você ali.
Não, era outro.
Diferente, pois já não era meu.
Era só... mais um.
Reflita.

Amigos...

Ei, tô aqui do lado de vocês... amigos.
Olhando os três patetas na cama... dormindo.
Não tô com sono, não dormi.
Já é manhã, são 6:12. Não tô com sono.
Vivi momentos inesquecíveis com vocês
Nos últimos meses, foram meu alicerce
Sorri até não poder mais.
Me diverti, sim, ainda me divirto.
Mas continuo mais sozinha do que antes.
E você, virá me dizer que é a falta de uma paixão.
Não.
É ainda aquela velha falta que eu sinto,
De tudo que eu ainda não vi...
E acho que nunca verei.
Passei aqui, 6:15, pra só dizer...
O quanto amo vocês.

Obrigada por existirem...

Kekeu - Lennon - Ícara - Kleube

FoReVeR

Quando você irá ceder?


Difícil...
Sou mais difícil do que a vida que vivi
Forte...
Sou mais forte que a dor que você me traz
Estou perdido...Tão perdido...
O mundo que você está...A vida que você vive...
Eu vejo as mentiras
O lado negro dos sorrisos que você da
Sou um...
Sou qualquer um que você gostaria que eu fosse
Eu fui...
Quando quer que você gostaria de estar livre
Velho...
Sou mais velho que os anos que vivi
Frio...
Sou mais frio que o sorriso que você da
Minha vida tem sido os sonhos que você diz que eu vivo
Por quanto tempo você estará perdido, meu querido

Quando você irá ceder?

Hoje eu sofri




Hoje eu não queria falar com ninguém. Eu não queria ver ninguém. Não queria conversar com ninguém.



Hoje eu procurei alguém que pudesse me dar consolo, alguém que fosse amigo, que me amasse um pouco, que tocasse meus cabelos, nem que fosse pra dizer somente: "calma".



Hoje eu desejei chorar. Eternamente, Amargamente, Copiosamente, Duramente até esvair minhas energias, mas não pude.



Nem uma mísera gota rolou desta face qye já não quer sorrir. Nem um pingo satisfez meu estado de solidão.



Talvez porque há muito eu já não chore. Por achar que o choro nada resolve.



Hoje eu fiz promessas desesperadas, exageradas, esperando apagar a minha dor.



Hoje eu espalhei meu sofrimento para ouvir a voz de algum consolador, mas única coisa que eu conseguir escutar foi a voz de meu próprio coração que chorava.



Hoje eu quis ser mágica... hoje eu quis sorrir... hoje eu quis brincar, me divertir... hoje eu sofri.

Na tela do pc...



Hoje eu falei com você...
Diferente, não sei.
Meu coração bateu de um jeito
Eu nem sabia que podia ser assim.
Ali na tela do pc, eu ficava olhando
As letras e lembrando
Parecia até que podia te tocar
Te sentir.
Parecia que você estava ali,
Em minha frente.
Mas derrepente um assunto me faz voltar
E na real, eu nem tô mais afim.
Então olhei pra tela e vi...
Letras, somente.
E...
[/exit]

Triste tristeza

Estou tão triste, quão triste que sou!
De mui triste tristeza, que abateu minh’alma
E agora bem triste, tão triste estou
Tristeza profunda, de se aprofundar
No âmago, no íntimo, no eu, lá no fundo
Tristeza imensa que quero chorar
Chorar eu desejo, chorar não consigo
Ser hipócrita não quero, por isso não minto
Oh triste tristeza, tristeza tão triste...

Perdida

Passei tanto tempo sem dizer nada?


Quando pensei em falar... já era noite.


Você dormia enquanto eu estava acordada e agora que acordaste, eu durmo.


Não sonho: os pesadelos atormentam minha mente.


Pensei que ainda dava pra mudar, pra ser diferente. Apenas pensei.


Mas não dá.


No sonho, uma voz me disse que acabou. Não há mais jeito.


O caminho era largo, eu não sei mais onde fica a porta.


Estou perdida, não há como despertar.


Estranhas formas me cercam.


Vejo pessoas, vejo muitas... mas não vejo você.


Onde está a porta? Qual é a estrada? Quem me levará?


Acho que fui longe de mais. Esta escuridão...


A neblina é densa, eu não consigo ver.


Tento recordar quando foi que comecei a andar...


Acho que em algum momento eu caí.


Deve ter sido de algum lugar muito alto.


Estou perdida.



sem tempo

Só pra constar que não abandonei o blog...

To meio sem tempo mesmo.

Mas tenho que escrever sobre esse São João.

EU TENHO!!!!!

rsrsrsr


xeros a todos.

REFLEXÃO



Quem é você?



De onde vens, pra onde vais?



Vais?



O que fazes?



Quais são teus sonhos?



Sonhas?



Que traumas trazes na alma?



O que buscas, com quem buscas?



Buscas?



Pelo quê sofres, pelo quê ris?



Porque choras?



Choras?



O que te aflige, aonde aflige?



Quem são teus fantasmas, aonde eles estão?



Quem é o teu reflexo, o que refletes?



REFLETES...






Gostaria de sugerir aos meus caros leitores, que busquem responder estas perguntas... parecem retóricas, mas é um bom exercício à psique. Espero suas respostas nos comentários. Eu vou tentar:




Sou o sopro que o vento leva: vindo de algum lugar, pra lugar algum.
Não faço nada para tal, apenas me deixo levar. Assim eu vou.
Algum dia, chegarei no meu destino: eu sonho.
Os lugares onde passei deixaram marcas; a minha alma as carrega como trauma.
Não sei exatamente o que busco, como disse, apenas me deixo levar. Estou sozinha nessa busca, mas busco.
Sofro a vida, em tudo. Rio desse sofrimento, pois sei ser em vão.
Sou sozinha, não tenho destino. Por isso, às vezes choro. Só às vezes.
Essa dor de viver aflige minha alma, mas não abate o meu corpo.
As lembranças me perseguem. Estão em todo lugar.
O meu reflexo não sou eu... é a projeção do que querem que eu seja.
Reflito!


Quem é você?


Às vezes, no silêncio frio do meu quarto, eu desligo a luz pra enxergar a escuridão.

Nas cavernas profundas da minha mente, eu busco respostas. Porém muitas são as perguntas e elas me invadem.

As sombras na parede são só o que me resta.

Acabo por tropeçar em mim mesma e abro os olhos: mas eles já estavam abertos.

As coisas estão acontecendo diante dos meus olhos e eu não consigo ver.

A minha razão me expõe à uma situação da qual sou prisioneira - preciso despir o Hábito. Preciso largar os hábitos.

Quantas vezes o quarto escuro me fez sentir como Sofia, com uma carta branca na mão, e a pergunta que grita em silêncio: Quem é você?

Por vezes voltei a ser aquela menina que não sabe o que quer, pois simplesmente não descobriu ainda quem é. O que é.

É como um abismo profundo em que eu estou caindo infinitamente: não sei onde e muito menos quando vou parar.

E por quantas vezes isso jamais me incomodou, mas as situações de perda me fazem retornar ao ponto de partida.

A queda machuca, porém o que mais me dói é não saber aonde estou indo.

Eu estou caindo pra cima.

Alguns insistem em dizer que estou subindo, escalando.

Mas só eu sei que estou caindo.

Quando chegar lá em cima, serei mais forte.

Mas, quando?

Contemplação




O sol entrando pela janela de vidro fumê e fazendo desenhos nas poltronas acolchoadas
A sombra nas árvores frondosas do caminho que balançam à leve brisa vespertina, num lusco-fusco brincalhão que acaricia minha retina
O som das cigarras cantantes, entrevindo, que anuncia o início da escuridão, alertando a hora de se recolher, num desespero de última canção
Muito aprendi com elas. A não temer, a sempre cantar. Algo me vem à mente.
Uma história qualquer de infância, onde aprendi com elas a sempre trabalhar, a estocar, a prever o inverno, e mesmo assim, fui de encontro ao que aprendi. Então, não aprendi. Se o tivesse feito, aplicaria o ensinado.
Esqueço a história. A janela é mais atrativa que a minha incapacidade de aprender
O movimento do asfalto inerte, triste, aquelas mesmas história pra contar: Pressa de voltar, pressa pra chegar, pressa... pressa... pressa...
O transito é mais poderoso do que qualquer pressa. E o menino sentado ao meu lado dorme, como se o mundo fosse somente aquele único momento que ele tem pra descansar
Em nenhum desses fins de tarde, mesmo tomada pelo cansaço, jamais fechei os olhos à beleza desse restinho de natureza que ainda me fascina em sua essência mais pura
Meros galhos, meras sombras, meras canções...
Aproveito, pois sei que diante da violência do movimento inerte do asfalto triste, pode ser a última coisa que me reste: a contemplação.



Mudança


Já espero por ela há algum tempo e estou ficando sem paciência.Deveria ter marcado hora.Deveria ter ligado pra saber.Mas agora, sei que vem, mas não sei quando.E nem tenho como manter contato....
Alguém aí conhece a Mudança?Diz pra ela que eu tô esperando.Diz que eu tô anciosa.Acho que o vôo dela tá atrasado.Pede pra me mandar por email a hora que chega.
Esperar é muito chato.Cria calos no cérebro.Ação e movimento: o ser humano precisa disso.Mas esperar atrofia os músculos.Mudança, CHEGUE LOGO!
Ei, será que ela vem mesmo?Agora já não tenho certeza.Começo a duvidar se a esperança é mesmo a última que morre...Acabo por concluir que ela só faz matar os sonhosOs meus estão sendo esquecidos com o tempo.
Mudança...quando comecei a escrever, era algo tão palpável.Agora, no fim dessas palavras, já nem sei.A espera às vezes mata a esperança.Só as vezes.Alguém aí tem o telefone da Mudança?

Distância


Um amigo publicou essa semana em seu blog uma frase que me fez refletir: "não há tempo a perder (...) a distância pode destruir amizades, amores ... até o ódio."


Fiquei pensando no significado real da distância entre as pessoas.


Algumas com as quais convivo diariamente: vizinhos, colegas de trabalho, de faculdade, pessoas que têm rostos familiares. As vejo quase todos os dias e sei muito pouco de suas vidas. Minto, sobre muitas, não sei nada.


Meus vizinhos, do lado e da frente: Não sei absolutamente nada sobre eles. O que fazem ou deixam de fazer, quais seus planos e sonhos, se estão felizes ou tristes.


Tão perto e tão distantes.


Mas sei que no Ceará mora um amigo que volta e meia tem suas crises. E volta e meia eu posso ouvi-lo, ou não. Me preocupo com ele, sei seus sonhos e dilemas. Alguns de seus problemas. Tão longe e tão perto.


Uma vez ele citou a frase de um amigo em comum: "A saudade é diretamente proporcional à distância". Acho que era mais ou menos isso.


Discordei.


Tenho muitas saudades de meu amigo do blog que mora ali, menos de trinta minutos de mim. Ou de outro amigo tecladista que mora ali, na cidade ao lado. Mas não tenho tanta saudade assim alguns colegas que moram na cidade onde fui criada. Saudade nenhuma.


Mas voltando à frase de Seu blog, será mesmo que a distância consegue destruir sentimentos? Eu não sei à quanto tempo de distância ele se refere... mas há pessoas que eu sentirei o mesmo amor, o mesmo ódio ou a mesma amizade eternamente. Mesmo que nunca mais as veja.


Todavia se isso for mesmo verdade, espero que a tecnologia possa tornar próximo o que a distância separa. E que mesmo que ela falhe, possamos ter coragem (e dinheiro) para transpor as barreiras físicas que nos separam, e muito mais coragem ainda (que eu não tenho) pra dizer pessoalmente o quanto essas pessoas são especias. Como Ele mesmo disse: NÃO HÁ TEMPO A PERDER!


Façamos, antes que seja tarde.

Enfim...


Não doeu tanto quanto eu esperava que doesse...

Enfim, eu nao estou inspirada a escrever....

Primeiro, porque não to mesmo,

Segundo, porque vocês me visitam e ficam com vergonha de comentar, ou comentam anonimo,

E terceiro, porque nao tem valido à pena registrar o que penso....


Até a próxima, que está bem distante....

Chapéu Panamá




Agora eu vou cobrir minha cabeça, pra ver se as idéias não fogem de mim. Pra ver se o tempo passa mais rápido enquanto eu seguro o meu crânio aqui. Eu vou cobrir minha cabeça, pra quando me olharem eu finja que não vi. Pra chorar escondido, aquele amor reprimido que eu finjo não sentir. E se me perguntarem o porque do chapéu, eu direi: é o meu véu, que disseram que eu não devia tirar. Mas na verdade só eu, só eu vou saber porque ele está lá. Então rirei baixinho e no meio do caminho, sozinha comigo, eu hei de falar: foi meu amor que me deu, e por isso uso eu, um chapéu Panamá.


Diversão e solidão

Foto: André Gusmão Visite -> http://andregusmao.fot.br/
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Eu não tenho muito a escrever.

Essas festas que acontecem no verão não me deixam pensar...

Então, que venham as festas.

E que vão embora as divagações...

Eu também preciso de diversão.

Enfim... diversão







e solidão.