Um amigo publicou essa semana em seu blog uma frase que me fez refletir: "não há tempo a perder (...) a distância pode destruir amizades, amores ... até o ódio."
Fiquei pensando no significado real da distância entre as pessoas.
Algumas com as quais convivo diariamente: vizinhos, colegas de trabalho, de faculdade, pessoas que têm rostos familiares. As vejo quase todos os dias e sei muito pouco de suas vidas. Minto, sobre muitas, não sei nada.
Meus vizinhos, do lado e da frente: Não sei absolutamente nada sobre eles. O que fazem ou deixam de fazer, quais seus planos e sonhos, se estão felizes ou tristes.
Tão perto e tão distantes.
Mas sei que no Ceará mora um amigo que volta e meia tem suas crises. E volta e meia eu posso ouvi-lo, ou não. Me preocupo com ele, sei seus sonhos e dilemas. Alguns de seus problemas. Tão longe e tão perto.
Uma vez ele citou a frase de um amigo em comum: "A saudade é diretamente proporcional à distância". Acho que era mais ou menos isso.
Discordei.
Tenho muitas saudades de meu amigo do blog que mora ali, menos de trinta minutos de mim. Ou de outro amigo tecladista que mora ali, na cidade ao lado. Mas não tenho tanta saudade assim alguns colegas que moram na cidade onde fui criada. Saudade nenhuma.
Mas voltando à frase de Seu blog, será mesmo que a distância consegue destruir sentimentos? Eu não sei à quanto tempo de distância ele se refere... mas há pessoas que eu sentirei o mesmo amor, o mesmo ódio ou a mesma amizade eternamente. Mesmo que nunca mais as veja.
Todavia se isso for mesmo verdade, espero que a tecnologia possa tornar próximo o que a distância separa. E que mesmo que ela falhe, possamos ter coragem (e dinheiro) para transpor as barreiras físicas que nos separam, e muito mais coragem ainda (que eu não tenho) pra dizer pessoalmente o quanto essas pessoas são especias. Como Ele mesmo disse: NÃO HÁ TEMPO A PERDER!
Façamos, antes que seja tarde.