Aprendi....

Aprendi a gostar de livros, a ver filmes, entender filmes, assistir jornal, ler jornal, ir ao teatro, querer fazer teatro, ouvir música, cantar música, ler Sidney Sheldon, Ágatha Cristie, Moacir Sclair, Paulo Coelho e achar o máximo, ler Daniel Mastral e achar sobrenatural, ler a bíblia e pensar sempre um pouco mais, por isso me chamaram “inteligente”.

Aprendi a não querer a não querer ser submissa, a tomar atitudes, a ter opinião própria, a pensar diferente, a querer ter poder de decisão e ser independente, por isso me chamaram “diferente”.

Aprendi a não me acomodar, a não estar satisfeita, a ter sempre uma resposta, a questionar, a contestar, a olhar além do que os olhos podem ver e por isso me chamaram “sem personalidade”. (???)

Aprendi a pintar as unhas de preto, usar maquiagem dark, ouvir rock, ter gatos pretos, estudar o oculto, bater cabeça, usar spikes, querer tatoos, pensar na possibilidade de um piercing, ter um coturno, selecionar amigos e ficar calada. Por isso, me chamaram “rebelde”.

Aprendi a me admirar de todas as formas, a ter um namorado e querer casar, a casar e não querer ter filhos, a compreender que alguém pode me amar pelo que eu sou, a entender como a vida muda e não entender como as pessoas mudam, a amar os amigos, a amar os inimigos,a querer mudar o mundo mesmo sabendo que não posso mudar as pessoas, a gostar de meus cachinhos, a ter sempre mais que uma canção pra dar, por isso me chamo Ariane.


Nota: Eu já desaprendi tudo isso aí em cima.

Nostalgia





Ultimamente não tenho feito nada. Ócio total.
Sobra muito tempo pra não pensar em nada, pra maquinar e sonhar. "mente vazia, oficina do diabo".... nada! Tenho lido de mais. E conhecido coisas novas. Não tenho estudado, mas vou me jogar em novas possibilidades e o que tiver que ser...

Lembrando dos velhos tempos.

Semana passada alguem me ligou. Foi algo tão inesperado que fez brotar um sentimento que eu nem sei descrever. Um amigo de uma época mais difícil, que me fez abrir gavetas, procurar fotos, cartas, cadernos, cartões, tentar lembrar nomes e procurar mais amigos, ir ao orkut e descobri-los e sorrir novamente ao lembrar dos nossos momentos, das aulas de geografia (Marto Lucas!), dos professores, da escola mal estruturada, dos desafios e descobertas, do passeio no centro, da viagem no ônibus, das horas no volei, das fugidas depois da aula, do amigo com letra bonita (Hilvan), do outro tecladista (Isaias), das loucas amigas (Alaize e ... tá vendo? Já esqueci!)...dos choros e desabafos, dos nossos planos, das conversas, dos meninos da banda, das festas e bebidas, dos beijos escondidos, das musicas, das andanças, dos contos, das feridas hoje cicatrizadas, da despedida...

RODRIGO.

Me ligou de tardezinha, numa hora que ele não sabia, mas eu tava me sentindo só. Achei realmente que nunca mais eu ouviria falar dele, afinal, a única coisa que me sobrou daquele tempo foi a presença acolhedora (e virtual) do prof. Marto. E daí tudo de repente.... e foi assim...

Daí me fez voltar à uma época. De brincadeiras com Caren, das roupas de tia Nita, de conversas com Luciana, de saudades de Fernando (não lembro dele em casa,só que ele tava viajando), de olhar a praia de noite pela janela e fazer canções, de sentir saudades de quem deixei pra trás, de não saber o que querer e de querer alguma coisa.

E são o que? Cinco, seis, sete anos passados... Hilvan e eu estudando. Eu "casada". Rodrigo também e com uma filhota linda. Isaias toca com Fernando (olha só as voltas da vida) com uma bagagem de escola de música da UFBA... Caren ficou uma gatona, eu engordeeeeei, Luciana tá grávida, eu nunca mais ouvi falar em Alaíze; e Marto... bem, Marto é sempre o mesmo... com aquelas palavras que mascaram e ao mesmo tempo falam a verdade. Toda vez que fala comigo me faz voltar a ser a menina que eu era quando o conheci. E ser a pekena gafanhota de sempre....

Amo vocês. São uma parte do que eu fui e um pedaço do que sou!

(ah, lembrei o nome da menina.... Géssica!)

Obrigada.

Como o próprio Rodrigo definiu... êxtase!