Passei a procurar fotos antigas, só pra relembrar os velhos tempos. Não sinto saudades deles, queria apenas sentir como o tempo passou e a minha mente continuou lá: no vazio dos meus sonhos mais irreais. Aqueles que nos momentos de inercia eu ainda fecho os olhos e me lembro.
As minhas amizades casarm, fugiram, separaram, esqueceram, trairam. Ainda me amam. Ainda me buscam. Mas não é a mesma coisa. Rs. Sindrome da fase adulta.
Eu não queria ser insuportavel. Eu não queria ser amigavel.
Vivo repetindo as mesmas coisas e as pessoas não entendem.
Olham para mim e acham que eu sou um simbolo de sei lá o que. Imitam meus atos, acham verdade nas minhas atitudes, querem falar o que eu falo, vestir minhas cores, interpretar meus signos. Sem identidade... eh o que acabam por concluir.
Virei uma vampira solitária.
De dia, as vezes durmo, as vezes assito, as vezes toco teclado ou violão, as vezes canto uma música. De noite, sempre acordada. Não consigo mais dormir antes da 4. Não sei mais o que é o sono. Passei a amar aquela nova bebida da pepsi: H2OH! Tomo muitas garrafas. Não bebo mais água. Chupo gelo.
Tomei mais de um litro de sopa numa noite só, no outro dia estava sem fome.
Um dia desses acordei enjoada. Outro dia, fiquei na cama até as 3.
A faculdade ainda não me traz o que eu queria. Já é a segunda e eu aqui perdida.
Estou desempregada, e não suporto a idéia de que more me sustente. Eu quero comprar minhas coisas, gastar meu dinheiro. Não que ele não me dê. Pelo contrario, ele recebe o dele e deiza em minha mão: administre! Beleza. Mas tbm não era isso que eu queria. Queria poder usar o que é meu. O que eu ganhei. O meu suor.
Ele tbm deixou o emprego dele. Agora faz o que gosta, não o que precisa.
Não nos vemos direito. Ele vive viajando. Mas isso suscitou nossa fase de namoro. A gente praticamente se devora qnd estamos juntos. O amor cresceu, a paixao voltou. Os telefonemas, os carinhos, as brincadeiras, os abraços, os chamegos...
Leio muito, leio livros, sou curiosa, quero saber de tudo, como e porque. Leio a bíblia. As vezes, sempre os mesmos trechos. E todas as vezes descubro coisas diferentes. Ou as mesmas coisas de maneira diferente.´
E escrevo. Escrevo mais para não perder o costume do que pelo que ter o que escrever. É isso.